A noite me chega silenciosa
Os pensamentos indelicados e cheios de críticas me devoram
Nessa noite eu não sou ninguém a não ser meu próprio buraco negro
Tudo que possuo é o que nunca realmente fui capaz de possuir
E como isso pode pesar tanto?
É fria e silenciosa a noite que perdura dentro da minha mente
Como o dar de ombros da solidão macia e sedutora
Me deito sobre os feitos e mal feitos do dia que passou
E as pálpebras pesam e se inclinam a fechar
O pleno desgaste dos pensamentos confusos e acelerados
Corroída por uma sensação de perda e angústia…
Mas exatamente de quê?
Essa dor é minha mesmo ou me foi internalizada por alguma razão?
Eu não sei
Mas amanhã aos tropeços eu abro os olhos e repito tudo de novo