tantas vezes que senti miserável,
a escória do mundo,
sem algum dom ou
qualquer coisa boa;
tantas vezes que chorei por paradoxos
e pelo absurdo,
inquieto,
aflito
pensando no futuro;
com o pavor de acordar
centenário…
sempre pensando no passado,
com o pesar de meus erros
e o desgosto de meu próprio eu,
com nostalgia de minha infância,
uma criança feliz que
viria a ter uma vida tão obscura…
uma criança feliz que
teria medo se soubesse do que aconteceria a si,
uma criança feliz que
nunca mais será a mesma.